domingo, 28 de dezembro de 2008

Por quê?

Mais uma vez, cruzo a serra para alcançar o litoral paulista. Estava frio, havia neblina... uma paisagem bonita. De dentro do ônibus, um grande silêncio que fazia escutar uma voz, parecia vir da Serra do Mar. Todas as vezes ela me fazia a mesma pergunta: "Por quê?".



Como de costume, ignorei a pergunta, e olhei para o outro lado, evitando encarar o abismo cheio de árvores. Mas a pergunta ainda ecoava: "Por quê?".

Após chegar, como combinado encontrei-a no Realejo... esqueci de todos os problemas do mundo e, mais uma vez, me senti bem.

...

Já era 0h15... Não era justo! O tempo trapaceia, o tempo tem inveja de mim! Mais uma vez eu encarava a serra, enegrecida pelo manto da noite, que repetia a sua insistente pergunta: "Por quê?".

Me decidi por satisfazer o mundo, e dei a minha resposta: "Não sei".

Houve silêncio.
Adormeci.

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