quinta-feira, 26 de março de 2009

E se eles realmente existissem?

Da esquerda para a direita: Comediante, Espectral II, Dr. Manhattan, Ozymandias, Coruja II e Rorschach.

Como será que o mundo seria se super-heróis realmente existissem? Será que todos eles seriam tão poderosos como o super-homem? Será que todos eles seriam tão nobres quando o Batman? Teriam o mesmo sense de dever para com o mundo como o Homem-Aranha? Ou tão legais quando o Homem de Ferro?
A resposta é muito certamente: Não! Eles provavelmente seriam como os heróis retratados na Graphic Novel de Alan Moore e Dave Gibbons, Watchmen!
Quem daria o título de herói para um sujeito que tentou violentar uma amiga, eque matava mulheres grávidas? A vida é uma piada, e o sujeito de quem falo é o Comediante (The Comedian), porém algo neste personagem o faz carismático. No filme ele é responsável por duas das cenas mais bonitas da produção, uma no início do filme quando este é morto enquanto a música Unforgettable é tocada, o que faz o personagem não sair de nossa cabeça o filme todo, pois enquanto o seu sangue manchava o bottom do "Smile" (marca registrada do Comediante) e seu corpo caía do alto de seu apartamento até o chão, o Comediante se tornava, realmente, Unforgettable.
Outro momento muito bonito é em seu enterro, quando é tocada a música "The sound of silence".
E o que dizer de Rorschach? Responsável por toneladas de criminosos colocados atrás das grades, porém é um homem extremanente violento, não se importa nem um pouco em quebrar alguns ossos das pessoas para que estas contem a verdade, apesar do grande senso de justiça é o tipo de homem que até o bons teriam medo. Rorschach é caçado como um rato pelo governo que proibiu há muito tempo que heróis mascarados saíssem por aí fazendo o que sabem fazer. Este é com certeza o mais próximo de um herói que poderíamos ter em nosso mundo.
E o que dizer de um herói inseguro, solitário, aposentado, e aparentemente com a vida mais chata do mundo e apenas um amigo que vê uma vez por semana? Este é o Coruja (Night Owl II), o segundo coruja na verdade, que veio substituir o antigo que havia ficado velho demais para entrar em tantos conflitos. Dan aceitou totalmete a aposentadoria e ficou muito perturbado com a morte do Comediante e da eminência de uma guerra nuclear. Isso mostra que o dia-a-dia de um super-herói pode ser tão complicada quanto a nossa, ou embaraçosa também, como no momento em que este "falha" quando a Senhorita Júpiter está nua em seus braços. Apesar disso o Coruja mostra um grande sendo de humanidade e companheirismo para com seus amigos, principalmente para com Rorschach, que foi seu parceiro de vigilância por tanto tempo.
Falando da senhorita Júpiter (Juspeczyk), esta é a Espectral II (Silk Specter II), a Espectral I fora sua mãe, que pressionou a filha a se tornar uma vigilante também. Aliou-se os outros vigilantes ainda muito jovem (pouco mais de 20 anos), e desde o começo se encantou com o Dr. Manhattan, que era muito mais velho e casado. Os dois começaram a ter uma relação e quando a esposa do Dr. descobre tudo, esta o deixa acusando-o de pedofilia. Tudo isso mostrou o quão pacionais os heróis podem ser, Laurie não se importou de se envolver com um homem casado. Mais tarde ela deixaria o Dr. Manhattan para ficar com outro vigilante, o modo como as coisas acontecem é uma mistura do triste com o bonito, porém em nosso mundo ela talvez não tivesse o status de boa moça. Entretanto Laurie consegue reanimar a vida do Coruja e ambos voltam a sair a noite como vigilantes, a garota se mostra muito corajosa e luta até o fim para convencer o Dr. Manhattan a ajudar o mundo.
Falando no Dr. Manhattan, este sim seria o super-homen, muito mais até eu diria, o Dr. Jonathan Osterman era um físico nuclear que, depois de um acidente, ganhou poderes incríveis, passou a ter domínio total da matéria, podia destruir exércitos com a força de um pensamento, poderia se teleportar e estar em vário lugares ao mesmo tempo, poderia até mesmo ver seu próprio futuro, pronto! A humanidade está salva para sempre não é? Infelizmente não, o que acontece é que o Dr. Manhattan, com o tempo, foi perdendo seus sentimentos humanos, e também qualquer vínculo que possuía com a Terra. Nosso mundo não fazia mais nenhum sentido para ele. Imagine você vivendo em um mundo com este ser? E imagine que ele não Vê diferença alguma em um ser humano vivo ou morto, pois ambos possuem o mesmo número de moléculas? Entretanto ao longo do filme Jon mostra que não é totalmente destituido de sentimentos.
E se o homem mais inteligente do mundo fosse também muito forte a ágil, tão inteligente que poderia calcular a trajetória de uma bala e pegar ela com as mãos? Além disso é milionário e amado por todos, imagine se o objetivo deste homem é construir reatores de produção de energia para que todos no mundo tivessem acesso gratuito a ela? Perfeito? Outra vez não! Adrian Veidt, mais conhecido por seus amigos vigilantes como Ozymandias possui o plano mais insano que alguma mente poderia ter para salvar o mundo, o sacrifício de milhares para salvar bilhões...

Assim que o filme terminou na primeira vez que eu assisti eu não poderia dizer realmente que adorei, era muita informação em quase 2 horas e 50 minutos de filme, mas com o tempo, e pensando em tudo que aconteceu, eu me convenci que o filme é um dos melhores que já vi, fui assistir novamente ontem (por um acaso do destino) e agora eu recomendo, assistam! Pois você pode encontrar um pouco de cada um que conhece nestes personagens, e até, um pouco de você mesmo.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Swimming

Uma noite sem sono... no entanto, ela terminou bem, fiquei feliz após ela me mandar mensagens e me ligar.

Após isso, deitei por mais 30 minutos e levantei, afinal, hoje é sexta-feira e é dia de nadar! Estou praticando três vezes por semana e acho que estou progredindo muito rápido. No entanto, como não dormi direito, estava fraco. Além disso, aparentemente o professor quis acelerar meu desenvolvimento e pediu para que eu nadasse um pouco além dos meus limites. Eu, como adoro um desafio, dei o meu melhor.

Após a aula de uma hora, o resultado final foi a foto ao lado, deitado por 20 minutos no vestiário com a respiração descontrolada e a visão turva. Mas após o descanso, tive que levantar rápido e terminar de me arrumar, porque às 9h eu precisava estar na empresa pra trabalhar...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

DAMA DE PAUS

Uma poesia escrita por um velho amigo... resgatei de meu antigo blog, já destruído pelo tempo.

DAMA DE PAUS

Em reino muito distante
num castelo de 13 cartas
um livro, um viajante
um duelo nas escadas
Ou era Rei de Copas
Ou era Valete de Espadas

de uma lado a guitarra da Espanha
de outro a gaita Eslava
no centro, estandarte do caos
celava o cavalo Destino, oh Dama de Paus!

Muito escuro, muito mistério
uma cruz um cemitério
O Valete e(u) sua espada
Copas por sua amada

numa dança sinuosa
a bera de um precipicio
a luta por um amor
ou verdadeiro desperdício?

Entre o Coração e a Espada
não há igual, não há empate
no jogo do amor
Valete esta em xeque-mate

Rei de Copas e Dama de Paus
um destino fatal
Ela que é belatriz
fez do seu caminho o que sempre quis
Seguiu com o vento para outro pais

Fabricio M. Orestes

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Sentir ou pensar?

Como todos já sabem, o carnaval não me agrada em nada. Salvo o fato de poder descansar 4 dias e meio, o carnaval para mim é uma festividade desprovida de qualquer valor ou encanto. Portanto, tento me ocupar em atividades bem distantes de "pular carnaval".

Na sexta à noite a Senhora do Lago veio me ver, estava encantadora como sempre. Não me canso de conhecer, apreciar e admirar sua alma. Eu olho em seus olhos e, de uma maneira impressionante, eu simplesmente a compreendo... muito embora, ela seja sempre cheia de surpresas. Eu estava certo desde o inicio, ela é realmente uma pessoa notável.

Acabei de voltar do cinema, fui com a Karina assistir "Vicky Cristina Barcelona" (pela segunda vez). Gostei muito do filme, o achei bem verdadeiro e com personagens super interessantes. O filme é engraçado e envolvente, com muitos toques de sensualidade.

Abri um biscoito da sorte hoje, e vejam o que me veio:

"A vida é uma tragédia para quem sente, uma comédia para quem pensa"

Gostei, e acho bem verdade. Mas aproveitamos verdadeiramente a vida, quando "pensamos para sentir". Não podemos ser apenas coração e nem apenas mente, o ideal é que os dois trabalhem em conjunto. Se somos apenas "coração", acabamos nos entregando a sentimentos que não podemos controlar, muitas vezes desconhecidos e, frequentemente, terminam em sofrimento e frustrações. Por outro lado, se formos apenas "mente", acabamos por nos tornar criaturas geladas e infelizes, perdendo algumas das coisas que a vida tem de melhor.

Eu acredito que a vida deve ser vivida fortemente, mas que a mente deve guiar os passos das emoções dentro dos limites seguros. Com o tempo, você aumenta esse limite, você se acostuma a controlar seus sentimentos e começa a usá-los ao seu favor. E então, quando você percebe que está seguro de seus sentimentos, pode elevá-lo e aproveitar as melhores sensações que a vida pode proporcionar. Nesse estágio, as amizades poderão ser verdadeiras e as paixões poderão ser ardentes.

Quero apenas abrir um parênteses e deixar claro que quando eu digo "usar os sentimos ao seu favor", não quero dizer que você deve explorar sentimentalmente outras pessoas. Muito menos mentir e fingir sentimentos que não são reais. Penso que demonstrar falsos sentimentos é um crime hediondo, pois você engana a sí mesmo e ilude as outras pessoas. Devemos ser sempre verdadeiros, não importa o preço ou o sofrimento que isso possa causar a você ou a outras pessoas.

Por ultimo, quando estamos certos de nossos sentimentos e emoções (amizade, amor, paixão, admiração, respeito, afeto, etc), devemos senti-los da maneira mais intensa possivel. A vida é curta e devemos vivê-la de maneira extraordinária!

Voltaremos a falar sobre isso. Mas por hora, eis tudo!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O Rei e a Torre

E então, uma brisa suave entrou pela janela e soprou levemente no rosto do jovem rei, quebrando com o som do vento o silêncio que predominava na torre. Este, sentado em seu trono imaginário fechou os olhos e se lembrou de suas batalhas, suas conquistas e de tudo que fizera para construir a pessoa que é. Suas feridas ainda reclamavam a cura que nunca vinha... e sua mente, centrada, que governara sua vida de maneira soberana, começava a mostrar fraquesas.
Se ergueu, então, o rei de seu trono, exibindo orgulhosamente sua robusta e impenetrável armadura de placas que reluzia com os poucos raios de luz que invadiam a janela. Esboçou olhar de preocupação e o lançou para a porta que estava à suas costas.
Ele tinha a vívida impressão de que mais alguem, além dele próprio, se encontrava naquele momento no interior da torre. Disso ele ainda não estava certo, mas de uma coisa ele tinha certeza... se realmente havia uma inesperada companhia, sua espada não poderia protegê-lo contra seu invasor.

Olhou mais uma vez para a janela e perguntou: "Por quê?"

A brisa soprou novamente em sua direção e sussurou em seu ouvido: "Não sei..."

Fechou os olhos e, de pé, meditou
.
Houve silêncio. O dia adormeceu. A noite entrou...

O rei, depois muitos anos, foi ter novamente com a escuridão.




Sound of Silence

Hello darkness, my old friend,
Ive come to talk with you again,
Because a vision softly creeping,
Left its seeds while I was sleeping,
And the vision that was planted in my brain
Still remains
Within the sound of silence.

In restless dreams I walked alone
Narrow streets of cobblestone,
neath the halo of a street lamp,
I turned my collar to the cold and damp
When my eyes were stabbed by the flash of
A neon light
That split the night
And touched the sound of silence.

And in the naked light I saw
Ten thousand people, maybe more.
People talking without speaking,
People hearing without listening,
People writing songs that voices never share
And no one deared
Disturb the sound of silence.

Fools said i,you do not know
Silence like a cancer grows.
Hear my words that I might teach you,
Take my arms that I might reach you.
But my words like silent raindrops fell,
And echoed
In the wells of silence

And the people bowed and prayed
To the neon God they made.
And the sign flashed out its warning,
In the words that it was forming.
And the signs said, the words of the prophets
Are written on the subway walls
And tenement halls.
And whisperd in the sounds of silence.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A busca pelos prazeres

Dizem que a unica maneira de se livrar de uma tentação, é sucumbindo à ela. Talvez isso seja realmente verdade, e sabem porque? Porque as tentações nos trazem prazer.

O Dicionário Houaiss descreve a palavra "prazer" da seguinte maneira:

"Sensação ou emoção agradável, ligada à satisfação de uma tendência, de uma necessidade, do exercício harmonioso das atividades vitais etc.; alegria, contentamento, júbilo"

Andei pensando muito em prazeres e percebi que o que realmente move a humanidade não é nada mais do que a busca pelos prazeres. Falando dessa forma, parece ser algo feio, principalmente porque na maioria das vezes a palavra "prazer" é associado à volúpia, às sensações e satisfações sexuais. Esse é talvez o caminho mais natural de se encontrar prazer, mas não podemos nos esquecer que prazer é genericamente sinônimo de alegria, contentamento e Júbilo.
A raça humana vive pelo prazer! Estamos o tempo todo em busca dele, desde o momento em que nossos ancestrais começaram a desenvolver inteligência, começou uma busca desesperada por sensações que nos dessem satisfação. E dessa forma começamos a encontrar prazer em tudo, desde as coisas mais simples, até as mais complexas.
Deixando um pouco de lado os prazeres carnais (o qual nascemos com ele), talvez um dos primeiros prazeres que percebemos foi o da descoberta. Os "homens das cavernas" inventaram ferramentas, armas e até a pintura rupestre, e isso dava conforto, praticidade e beleza. Isso certamente proporcionava prazer a eles, e começou a impulsioná-los a um ciclo em que o conhecimento e a descoberta trazia o prazer, que por sua vez o incentivava a continuar aprendendo.
Hoje em dia, nada mudou. O que faria uma pessoa trabalhar 8 horas diárias, ficando longe da familia e dos amigos, senão a busca por prazer? Tudo bem, nem todos sentem prazer no trabalho que desempenham, mas o mundo moderno criou uma doença contagiosa e sem cura que se chama "dinheiro", e muitos prazeres são obtidos atraves desse artefato. Prazer em comer uma boa comida, prazer em morar em um lugar bonito e tranquilo, prazer em ter uma vida classificada pela sociedade como "digna". O homem moderno se tornou então prisioneiro de seus prazeres.
Prefiro pensar que os melhores prazes ainda estejam nas coisas mais simples, como ver os amigos, tomar um banho de chuva, escrever um programa de computador que funciona, viajar pra um lugar desconhecido, descobrir uma nova paixão... e o sexo continua sendo uma boa.

Seja lá como for, todos os nossos sentimentos e atitudes sempre nos remetem ao prazer. É ele que move a humanindade. Sejam eles prazeres bonitos e construtivos, ou feios e trágicos.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Bem-vindo ao Apartamento 42

Está feito! Nos mudamos para o apartamento 42!

Com uma certa dose de nostalgia, deixamos o Apartamento 41, que foi palco de grandes episódios de nossa história. Deixará saudades, de tudo que aconteceu lá, coisas boas ou ruins. Mas a vida tem que prosseguir, apenas o cenário mudou, mas a história é a mesma.

Vamos tentar resumir o que aconteceu hoje... Primeiro tínhamos que tirar todas a nossas coisas do apto 41 para carregar o caminhão da mudança. Tive sorte de ter bons amigos que ajudaram, sem o Henrique, Artur, Maurício e a Karina, teria sido praticamente impossível fazer tudo. Mas claro que tivemos complicações, pois o elevador de serviço não parava no 4º andar! Então tivemos que descer todas as coisas e móveis um andar pela escada para poder carregar no elevador de serviço. Foi um trabalho de filho da p...

Após carregar tudo, entrei no caminhão junto com o motorista e o Mauricio e fomos para o Apartamento 42 (que fica em Santo Amaro, zona sul de São Paulo), seguidos pelo Artur que ia com os outros "guerreiros" no carro dele. Chegando lá, a tarefa era ainda mais dificil: subir todas as coisas SEM ELEVADOR! Pois é, meu apto novo não tem elevador, e eu moro no 4º andar!

Por incrível que pareça, senti que foi mais fácil levar as coisas pra cima "no braço" do que pelo elevador, como havíamos feito. Rapidamente subimos todas as coisas e tivemos um merecido tempinho de banho e descanso para depois irmos a um excelente restaurante mineiro, onde comemos igual uns cavalos filhos da puta e voltamos pro apartamento para descansarmos mais.

E foi isso, dessa forma fizemos a mudança. E além da mudança de apartamento, mudamos também o blog, que está com essa barra superior nova com fotos de algumas das pessoas mais importantes que passaram pelo Apartamento 41 e que, certamente, farão parte da história do Apartamento 42. Todos os posts e comentários foram importados do blog antigo para que não se perca nada.

Sejam bem-vindos ao Apartamento 42!